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Sérgio Guerra critica postura antidemocrática e arrogante de Lula

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu uma demonstração de desrespeito à democracia e de arrogância ao afirmar que “não irá permitir que um tucano volte à presidência do Brasil”. O tucano falou sobre o tema em entrevista à Rádio Estadão ESPN.

Para Guerra, a declaração mostra total desequilíbrio. O PSDB, segundo o tucano, não tem a pretensão de autorizar o Brasil a fazer ou não fazer algo. “Não é uma questão das pessoas, é uma questão da sociedade, do povo, de quem vota. Ninguém pode dizer ‘eu não vou permitir que o Brasil vote assim, eu não vou permitir que o Brasil siga dessa forma’. Só pode dizer ‘eu defenderei que o Brasil não faça assim, eu defenderei que o Brasil tenha outro caminho’”, comentou.

O tucano explicou que este tipo de política não é praticada pelo PSDB – o partido, na avaliação do parlamentar, promove o debate de ideias, e não uma oposição agressiva a um grupo político. O presidente avaliou também os trabalhos da CPI do Cachoeira e a tentativa de Lula de interferir no julgamento do mensalão.

Para o deputado, a última presepada do petista foi “uma ação desequilibrada de um homem público que só tem feito bobagem”. “Do ponto de vista do PSDB, deliberadamente o que o presidente Lula tem feito é o que é do seu alcance – o que é legal, o que é ilegal, tem até procurado ministros do Supremo – para limpar a barra dos seus companheiros, todos criminosos. O que o presidente tem feito é isso, jogar baixo contra nós com essa absoluta falta de normalidade e equilíbrio, como demonstra essa fala aí”, completou.

Guerra classificou de “profunda arrogância” o fato de Lula se colocar como a alernativa do Brasil nas próximas eleições presidenciais. “Com relação ao presidente Lula ser candidato e dizer isso agora, ou poder ser candidato, é uma questão da presidente Dilma. Primeiro, porque ele está cogitando que a Dilma não poderia ser candidata? No mínimo, uma descortesia. O Brasil não terá tantas alternativas, nem daqui a um ano, dois, três, quatro, cinco? Somente a do Lula? Isso não existe”, afirmou.