A Universidade de São Paulo é acusada de praticar retaliação contra o governo Jair Bolsonaro por recusar a matrícula de estudantes de colégios militares aprovados em vestibular por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). A USP nega motivos políticos.
Quem interpretou a medida como "ataque político" foi o Comando Militar do Sudeste, sediado em São Paulo, que acionou Brasília. Uma operação foi deflagrada pelos militares. O ministro da Educação, Ricardo Velez Rodriguez, e o governador João Dória (a USP é estadual) foram acionados.
Um representante do Comando do Sudeste foi até o campus da universidade para defender os interesses dos cerca de 20 alunos prejudicados. A Pró-Reitoria de graduação da universidade alegou que as escolas do Exército não se enquadram no sistema de cotas para escolas públicas por serem mantidas por contribuições e mensalidades. Mas prometeu reanalisar a medida.
Os alunos dos colégios militares nunca foram excluídos do Sisu. Neste ano, todos os aprovados na USP receberam mensagem por e-mail, comunicando o cancelamento da matrícula, para não "burlar" a "finalidade das políticas de inclusão".
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