Um dos melhores jornalistas da atualidade, JR Guzzo, colunista do Estadão, escreve sobre os esforços que circulam na internet para a legalização da pedofilia. Os defensores dessa ideia absurda, que atenta contra a criança, dizem que pedofilia é uma doença e não deve ser tratada como crime.
Leia trecho:
Circula por aí a suposição de que a pedofilia é uma doença, não um crime e, portanto, não deveria ser punida pelo Código Penal. Não se pode chamar a isso de “ideia”, porque não é a imagem de algo aceitável no mundo da razão. Também não chega a ser uma teoria, porque não leva a nada que possa ser demonstrado por fatos. No fundo, talvez não seja nem mesmo uma suposição, e sim um simples desejo – o desejo dos pedófilos de poderem praticar abuso sexual contra crianças sem precisarem mais se preocupar com a possibilidade de serem incomodados, caso pegos, por um processo criminal.
Os incentivadores dessa conversa não admitem, é claro, que haja qualquer ligação entre a “descriminalização” da pedofilia e os interesses de impunidade dos pedófilos. Seria, como dizem, uma espécie de avanço social – assim como a bruxaria, o adultério e a homossexualidade não são mais crimes, o mesmo deveria acontecer com a atividade sexual entre adultos e menores de idade.
É curioso. Os que consideram que a pedofilia é uma doença são os mesmos que não admitiam que os homossexuais fossem tratados como pessoas doentes. Está certo: não são mesmo, e nunca foram. A ligação física entre adultos do mesmo sexo, desde que consensual, não prejudica o direito de ninguém, e por isso mesmo é perfeitamente legal. Mas na pedofilia não há consenso nenhum, mesmo que seja praticada sem violência, porque uma criança simplesmente não tem condições mentais de consentir com as pressões que recebe de um adulto. A homossexualidade, obviamente, não é uma doença. Mas a pedofilia também não é. Não existe a mais remota base científica para se pensar nisso a sério; um pedófilo não é louco, nem uma vítima de disfunções mentais. É apenas um indivíduo que quer abusar de crianças.
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