"Para ser bem didático, se aprovada hoje, só valeria em 2023. Se aprovada em 2023, só valeria em 2027! A proposta, portanto, não afetaria a escolha do presidente que estiver no poder no momento da aprovação da PEC nem o mandato dos ministros já indicados", escreveu no Twitter.
Anastasia diz ainda que "o ministro Sérgio Moro sabe do respeito que tenho por ele e do trabalho que desenvolvemos, com diálogo e equilíbrio, ao longo do ano de 2019 em matérias que tramitaram no Congresso Nacional".
A informação relevante sobre a data em que a PEC entraria em vigor não aparece na matéria divulgada pelo site do Senado, feita para esclarecer a sociedade. Assim, deu motivo à conclusão de que poderia inviabilizar a indicação de Moro para uma das vagas que serão abertas com a aposentadoria de Celso de Mello (novembro) e de Marco Aurélio Mello (junho de 2021).
Matéria do site do Senado
Mudanças nas regras para escolha de
ministro do STF serão pauta da CCJ
13/01/2020, 14h39
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) vai analisar mudanças na forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, a escolha é feita pelo presidente da República. Com a proposta, a indicação seria feita a partir de uma lista tríplice, com nomes indicados por STF, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Procuradoria-Geral da República. Além disso, o mandato seria fixado em 10 anos, sendo proibida a recondução. Essas mudanças estão previstas no substitutivo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), elaborado a partir da PEC 35/2015, proposta de emenda à Constituição apresentada pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS). Anastasia também incorporou sugestões de outras propostas. Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), o fim do cargo vitalício fará com que os magistrados prestem contas à sociedade. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.
Além do texto, a publicação veicula um áudio. Ouça.
Veja aqui
Senador Anastasia esclarece que PEC dos ministros do STF só vigora no mandato seguinte, se aprovada. |
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