A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) cercava o prédio. O governo ditatorial chegou a cortar a energia elétrica da sede do Parlamento, mas logo a restabeleceu. "Ter entrado aqui foi um feito", afirmou Guaidó, ao denunciar que vários outros deputados tinham sido agredidos e impedidos de entrar na Assembleia.
Acompanhado por 100 deputados e cantando o Hino Nacional, Guaidó deu início à sessão. "Os militares não decidem quem entra na casa das leis. Vocês viram como eles [policiais da Guarda Nacional] agrediam jornalistas, deputados, mas aqui está a maioria do Parlamento instalada, constituída. Vimos uma pessoa correr, dizendo que não tem quórum", disse Guaidó, referindo-se ao deputado governista Luis Parra.
O último domingo foi um dia conturbado em Caracas, com opositores de Maduro, inclusive Guaidó, sendo impedidos de entrar no palácio legislativo. Apoiadores do ditador, em uma sessão relâmpago e sem quórum, aprovaram a eleição de Luis Parra para a presidência da Casa.
Enquanto isso, do lado de fora, Juan Guaidó era reeleito presidente da Assembleia Nacional pelos votos de 100 deputados, mais do que os 84 necessários para a sua recondução ao posto. Maduro afirmou, em rede nacional, que reconhece a eleição de Parra e que Guaidó é um "fantoche do imperialismo americano". (CN com Abr.)
Mais tarde
Depois de ingressar no prédio, Juan Guaidó se manifestou sobre o episódio:
– Aqueles que usurparam por algumas horas o Conselho de Administração da Assembleia Nacional fugiram fugiram como covardes que são. Assim, 100 deputados democratas e leais ao povo recuperaram o Palácio Legislativo. Sabemos que a ditadura não permanecerá quieta após essa derrota política. Não temos medo, mas não subestimamos as misérias pelas quais são capazes. E para enfrentá-los é necessário estar unido e mobilizado como hoje. Viva a Venezuela Libre! - disse.
Veja o momento exato na entrada na sede do Parlamento:
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