De acordo com as quatro fontes, não ressoa na cúpula da PGR a avaliação de que é devastador o vídeo da reunião de Bolsonaro com seu ministério. Um dos pontos destacados é que o acusador Sérgio Moro disse várias vezes não ter acusado Bolsonaro de comer crimes e que quem falou isso foi Augusto Aras, incluindo nas suspeitas Moro também.
“Moro é um poço de mágoas”, disse reservadamente um integrante da cúpula da PGR, ao avaliar que o caso tem muita “pirotecnia” para pouca substância.
Diz o Estadão:
Indicado ao cargo por Bolsonaro, o procurador-geral da República, a quem cabe apresentar ou não denúncia contra o presidente, vê com cautela o material apresentado até agora ao Supremo, segundo interlocutores [...].
Outro ponto destacado é que Moro, em depoimento, disse várias vezes não ter acusado Bolsonaro de cometer crimes. Segundo o ex-ministro, quem falou em crime foi Aras. [...].
Quem conhece o ex-ministro afirma que ele tem ciência de que suas acusações não tinham aspecto criminal, mas um poder de fazer estragos políticos. Crime seria, observam os investigadores que têm essa visão do caso, se Moro tivesse afirmado que Bolsonaro exigiu acesso a um determinado inquérito sigiloso sob pena de demiti-lo, o que ele disse, em juízo, “nunca” ter ocorrido. No depoimento, o ex-juiz afirmou que caberia a Bolsonaro esclarecer a razão das pressões pelas trocas na PF.
Sede da Procuradoria-Geral da República. |
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