O agora ex-ministro
Nelson Teich passou a considerar a saída do
Ministério da Saúde na terça-feira, dia 12. Foi nesse dia que desabafou para um amigo, ouvido pela revista Veja, que a coisa tinha entrado no "campo do desrespeito", numa referência ao relacionamento com o presidente
Jair Bolsonaro. Teich ficou perplexo com a postura do presidente, que deixou claro que não precisa ouvir a posição do ministro da Saúde no meio de uma crise sanitária.
“A ficha caiu. Ele entendeu que o presidente acha que pode mandar em questões altamente sérias e complexas mesmo sem entender nada sobre o assunto. Continuar no governo seria suicídio da reputação dele. E, se ele entrou no governo por ambições políticas, que foi o caso, acabaria enterrando a carreira antes mesmo de começá-la”, completou o mesmo médico ouvido pela VEJA e que falou sob condição de anonimato.
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Teich e Bolsonaro em foto da posse. |
Teich decidiu abandonar o cargo, quando um apoiador do governo questionou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada, sobre declarações do ministro relativamente ao lockdown e Bolsonaro respondeu que ainda era cedo para fazer cobranças. “Ainda é cedo. Pegou uma situação complicada. O ministério da Saúde, em si, já é um problema, tendo em vista vícios que tínhamos aí. Ainda pega com a crise da pandemia. Não é fácil. Não posso cobrar dele muita coisa”.
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