O presidente Jair Bolsonaro fez um duro discurso a milhares de pessoas, na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Bolsonaro disse que o ministro "açoita a democracia" e "desrespeita a Constituição".
Manifestações em São Paulo e Brasília. |
Bolsonaro defendeu que Moraes reveja suas escolhas jurídicas: “Temos um ministro dentro do Supremo. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair", discursou o presidente. Segundo Bolsonaro, Moraes “teve todas as oportunidade para agir com respeito a todos nós”, mas “continua não agindo”. O presidente disse ainda que “não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa liberdade”.
O presidente disse ainda que não vai mais acatar decisões de Moraes. “Nós devemos, sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou”, afirmou Bolsonaro. “Quero dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir. Tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha, deixa de oprimir o povo brasileiro”, completou.
No discurso, que durou cerca de 10 minutos, Bolsonaro voltou a criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a defender o voto verificável nas eleições. “Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições. Não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro”, disse. “Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública dos votos. Não posso participar de uma farsa como essa patrocinada pelo presidente do TSE”, disse Bolsonaro.
O presidente também anunciou que vai convocar o Conselho da República, nesta quarta-feira.
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