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Diego Souza renova até metade do ano, talvez mais, se ativar cláusula

Quando o Grêmio caiu para a série B do Brasileirão em 2021, uma grande mudança do elenco era esperada, porque a situação exigia cortes de gastos e a formação de um grupo com perfil para jogos duros, quase brutos, disputados em estádios acanhados e campos ruins, alguns quase esburacados.

O Grêmio precisava de jogadores preparados para enfrentar retrancas, jogos de imposição física e correria do início ao fim. Um dos dispensados foi Diego Souza, que atravessara grandes parte do malfadado descaminho para o inferno do rebaixamento citado constantemente como atleta fora de forma, aparentemente redondo, talvez acima do peso. Alguns discordavam e outros tinham certeza.

A dispensa não durou mais do que alguns dias. Avaliação da mesma direção que havia chafurdado o Grêmio na lama da segundona concluiu que Diego Souza seria importante para resgatar o clube daquele lugar terrível, que não era o dele – e nunca seria. Nunca. Diego foi buscado de volta em casa, talvez quando já se preparava para seguir novo destino, provavelmente longe de Porto Alegre.

Ídolo dos gremistas por assinalar importantes gols ao longo dos anos, reentrou na Arena pela porta da frente, criticado por poucos e aplaudido por muitos. Em algumas semanas, deixou de ouvir reclamações sobre seu peso, reassumiu a titularidade, marcou tentos relevantes e foi considerado fundamental para o retorno gremista à elite do futebol nacional.

O último jogo da temporada, uma goleada sobre o fraco Brusque, na Arena, não teve a presença do atacante. Diego Souza tinha já cumprido sua missão de ajudar com gols, marcando 14 na temporada. Havia ganhado folga e status de dispensado ao fim do contrato em dezembro. Novos dirigentes assumiriam e ninguém entre os postulantes aos cargos de direção pensava em Diego Souza para 2023.

Quando duas chapas se habilitaram a disputar o comando do Grêmio, algumas certezas pairavam em todos os ambientes da Arena. Uma delas é que Diego Souza estava definitivamente fora. Nada contra o jogador. Nada, além do fim de ciclo e da necessária, fundamental e ampla renovação do grupo vice-campeão da série B. Algo normal. Normal, adequado, imperioso.

Mas eis que a direção recém eleita, cheia de sonhos e projetos, focada em reestruturar o clube vai lá e busca de volta Diego Souza. Por seis meses com gatilho de renovação automática por outros seis. Cláusula de produtividade. Tomara que Diego Souza não saia pela terceira vez. Tomara que lá em junho, julho, o goleador esteja na ponta dos pés, leve, quase um bailarino, resolvendo os jogos para o Grêmio.

Se é para ser assim, também após o regresso da série B, boa sorte aos envolvidos nessa fé inabalável em Diego Souza: Renato Portaluppi, Alberto Guerra, Paulo Caleffi e Antônio Brum.

Foto: Lucas Uebel / Grêmio