A sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília, foi alvo de tentativa de invasão por parte de supostos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Manifestantes sustentam que foi uma reação ao fato de a PF ter prendido "injustificadamente" um indígena.
O preso é o Cacique Tserere, um líder indígena apoiador do presidente, bastante conhecido no QG do Exército por seus discursos inflamados a favor da democracia e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele foi detido em frente ao Palácio da Alvorada.
Vestidos com camisas da seleção, o grupo depredou carros estacionados nos arredores do prédio da PF. Os policiais federais reagiram, para evitar maior destruição, disparando tiros de balas de borracha e lançando bombas de efeito moral.
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Vídeos mostram manifestantes ostentando pedaços de paus e correndo em direção à sede da Polícia Federal. Um homem dizia que ônibus viriam lotados para reforçar o ato. A corporação pediu reforço e a PM do Distrito Federal chegou com spray de pimenta para conter o grupo. Postagens nas redes sociais afirmam que a ação é praticada por infiltrados.
A prisão temporária, de até dez dias, foi motivada pelos supostos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo a PF e a PGR, o bolsonarista fez protestos antidemocráticos em Brasília, inclusive em frente ao hotel onde Lula está hospedado.
No vídeo, assista parte da confusão e depois um dos discursos do cacique.
Cacique costuma fazer discursos inflados. |
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