Os protestos tresloucados do dia 8 de janeiro, em Brasília, trazem um prejuízo político e eleitoral incalculável à direita. Os desgastes de imagem pública causados pelas invasões criminosas das dependências da Câmara, do Senado, do Planalto e do Supremo Tribunal Federal vão acompanhar esse espectro político por anos, talvez décadas. No momento, as perdas políticas estão no auge e isso vai-se prolongar por vários meses. Depois será reavivado a cada eleição, principalmente nacional e estadual.
Sem falar nas consequências legais, a insanidade praticada por radicais e por dezenas, talvez centenas de pessoas centradas, que agiram por impulso político, sem medir as consequências, cobra e cobrará por longo tempo um preço caro a ser pago pela direita, que sempre se manifestou de forma ordeira. A direita está nas ruas desde que se iniciaram os protestos pela impeachment de Dilma Rousseff. Nunca foi quebrada sequer uma vidraça. O comportamento ordeiro sempre foi uma característica que valorizou e impulsionou a direita.
Não é por outra razão que os protestos da direita sempre foram marcados pela presença de famílias, incluindo idosos, adolescentes e até crianças. Figuras simples, pessoas do povo, gente que nem se ligava muito em política até bem pouco tempo. Salvo melhor juízo, foi justamente esse cenário de crença na ideologia e fé em seus líderes em todos os níveis que os arrastaram para o palco do evento político mais deplorável desde a redemocratização. Pessoas de caráter, incluindo idosos, mulheres grávidas e crianças, confiaram demais e terminaram no olho do furacão e depois na lista de presos da Polícia Federal.
Liderada por radicais, a violência não conseguiu seu objetivo (felizmente) e serve e servirá por muito tempo (infelizmente) para que a esquerda, incluindo quadros radicais, apresente-se ao país como guardiã da democracia. Defensora de ditaduras de Cuba à Venezuela, passando por Nicarágua e outros países amordaçados pelo socialismo/comunismo, agora desfila no Brasil, com o apoio da velha e carcomida imprensa sedenta de recursos públicos, como expoente da democracia. O Brasil e o Mundo se esquecem da verdadeira face da esquerda e a exalta como protetora e praticante convicta da democracia.
Os crimes praticados em Brasília, que vão de vandalismo à terrorismo, são uma espécie de presente que Lula jamais sonhou que ganharia dos adversários. A velha imprensa já corre para fazer pesquisas e usar os resultados para exaltar seu líder, que tão bem a remunerou nos governos passados. Os poderosos desgastes causados pela Lava-Jato à imagem política de Lula parecem ficar para trás, encobertos pelas ações repugnantes no dia 8 em Brasília.
À direita decente resta a imperiosa necessidade de encerrar as manifestações e curar as feridas abertas pelos radicais. Insistir em manter os protestos será agir para fortalecer cada dia mais o mentiroso compromisso de socialistas e comunistas com a democracia e, em sentido contrário, reforçar a mentira de que a direita é antidemocrática.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais deveriam conceder entrevista coletiva urgentemente. A pauta deveria ser separa o joio do trigo. Não se trata de abandonar companheiros. Tresloucados não são companheiros. Trata-se de mostrar ao país e ao mundo (o tema tem repercussão global) que o compromisso é com o trigo, a decência, a democracia, as liberdades enfim tudo o que a esquerda nega onde quer que governe. De momento, o vandalismo, senão terrorismo, inviabiliza qualquer protesto. Os patriotas precisam ir para casa com o objetivo de interromper o desgaste que causam à imagem da direita e a promoção que oferecem de bandeja a Lula.
Invasão das sedes dos poderes em Brasília, dia 8 de janeiro. |
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