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Senado: disputa pesada pela Presidência envolve cargos e traições

A disputa pela Presidência do Senado é uma das mais acirradas dos últimos tempos, espelhando a divisão que se vê no país. De um lado está o atual presidente Rodrigo Pacheco, apoiado por PT, aliados e Lula, e, de outro, Rogério Marinho, respaldado pelas bancada de oposição e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que, desde Orlando, tem ajudado por telefone e internet.

A eleição será quarta-feira, dia 1º de fevereiro. Pacheco iniciou na frente, porém Marinho atraiu maior quantidade os indecisos, além de virar votos pouco convictos. Observadores atentos dizem que, no momento, há um empate na casa dos 35 votos – e que, de um lado, a oferta de cargos no governo e na cúpula do Senado e, de outro, as traições às bancadas, vão pesar no resultado final.

Nos dois lados, os senadores fazem discursos otimistas. Apoiadores de Pacheco afirmam que o parlamentar de Minas Gerais tem maioria consolidada e vencerá com ao menos 50 votos. Apoiadores de Marinho observam que, além das adesões abertas, o parlamentar do Rio Grande do Norte conta com os chamados “votos silenciosos” e levará a disputa para o segundo turno.

O jogo é duro. Bolsonaro tem falado por telefone e vídeo com senadores e bancadas. “Marinho representa o que o Brasil quer”, disse o ex-presidente, segunda-feira, em reunião da bancada do PL para intensificar a mobilização. O governo Lula está aberto a conversas com indecisos sobre cargos de segundo e terceiro escalões. Pacheco negocia postos na cúpula do Senado.

Os dois candidatos têm plataformas definidas. A de Pacheco é a defesa dos interesses do governo petista e da estabilidade política, sem referências aos exageros judiciários. A plataforma de Marinho inclui a defesa do mandato e das prerrogativas dos parlamentares, além de oposição às ações judiciais que derrubam perfis de políticos e influenciadores nas redes sociais.

As próximas horas serão fundamentais para os dois candidatos. A situação de empate pode levar o resultado para qualquer lado, principalmente porque o voto é secreto.

A eleição será nessa quarta-feira, dia 1º de fevereiro,
e, no momento, a situação é de empate.